*** NIJU KUN: 1- Não se esqueça que o Karate deve iniciar com saudação e terminar com saudação; 2- No Karate não existe atitude ofensiva; 3- O Karate é um assistente da justiça; 4- Conheça a si próprio antes de julgar os outros; 5- O espírito é mais importante do que a técnica; 6- Evitar o descontrole do equilíbrio mental; 7- Os infortúnios são causados pela negligência; 8- O Karate não se limita apenas à academia; 9- O aprendizado do Karate deve ser perseguido durante toda a vida; 10- O Karate dará frutos quando associado à vida cotidiana; 11- O Karate é como água quente. Se não receber calor constantemente torna-se água fria; 12- Não pense em vencer, pense em não ser vencido; 13- Mude de atitude conforme o adversário; 14- A luta depende do manejo dos pontos fracos (KYO) e fortes (JITSU); 15- Imagine que os membros de seus adversários são como espadas; 16- Para cada homem que sai do seu portão, existem milhões de adversários; 17- No início seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais; 18- A prática de fundamentos deve ser correta, porém na aplicação torna-se diferente; 19- Não se esqueça de aplicar corretamente: alta e baixa intensidade de força, expansão e contração corporal, técnicas lentas e rápidas; 20- Estudar, praticar e aperfeiçoar-se sempre."

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HISTÓRIA DO KARATE-DO

Parte 1 - Histórico do Karate-Do em Maricá/RJ
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DÉCADA DE 70
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Há duas teorias sobre o advento do karate-do no Brasil: uma credita que o karate teria sido introduzido informalmente pelos imigrantes japoneses que aqui aportaram a partir de 1908, e a outra versão, que é a mais aceita em virtude dos registros de época, afirma que a partir da década de 50, os mestres japoneses Yoshihide Shinzato (estilo Shorin Ryu), Mitsusuki Harada e Juichi Sagara (estilo Shotokan), Koji Takamatsu (estilo Wado Ryu) e Seiichi "Shikan" Akamine (estilo Goju Ryu) implantaram de modo organizado as suas escolas de karate-do no estado de São Paulo. Somente na década seguinte estes mestres difundiriam o karate pelos estados do Rio de Janeiro e Bahia, os quais teriam a ajuda de outros mestres que chegariam posteriormente, como Yasutaka Tanaka, Sadamu Uriu e Yoshizo Machida, entre outros.
Benedito "Mão de Ferro" dos Santos - o primeiro faixa preta brasileiro
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Como aluno de Seiichi "Shikan" Akamine, em 1957, Benedito Nelson Augusto dos Santos, o "Mão de Ferro" (in memoriam), se tornou o primeiro faixa preta brasileiro. Anos mais tarde ele também alcançaria a faixa preta no estilo Shotokan, no qual fora treinado por Juichi Sagara. Benedito dos Santos formou o paulista Teruo Furusho e o campista Fernando Gomes da Silva, entre outros, como faixas preta de karate-do Shotokan. Benedito dos Santos foi graduado pela Confederação Brasileira de Karate (CBK) faixa preta 8º dan e foi elevado ao título de Hanshi (Mestre Superior).
Kyoshi Fernando Gomes da Silva foi o introdutor do Karate-Do Shotokan na Região dos Lagos/RJ
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Nos idos de 1970, o militar da Aeronáutica Fernando Gomes da Silva conquistou a faixa preta de karate-do Shotokan. Em meados dessa década, Fernando Gomes da Silva assumiu a presidência da Associação Fluminense de Karate e introduziu o karate na Academia Ventapane, que era situada na Alameda São Boaventura, em Niterói, RJ. A estratégica posição da academia ajudou a promover a expansão desta arte marcial por toda a Região dos Lagos.
José Carlos Celestino Sensei introduziu o Karate-Do Shotokan em Maricá/RJ
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No ano de 1977, José Carlos dos Santos Celestino Sensei, faixa preta 1° dan, então Senpai de Fernando Gomes da Silva, introduziu o karate-do Shotokan em Maricá, RJ. Suas primeiras aulas na cidade foram ministradas na residência do Sr. Carlos Paixão (in memoriam), militar reformado e entusiasta de artes marciais, uma vez que portava a faixa marrom de judo e já era um avançado praticante de capoeira. Seu filho mais novo, Carlos Henrique Cardoso da Paixão, foi o primeiro aluno de José Carlos Sensei na cidade.
Henrique Paixão Sensei e seu pai Carlos Paixão (in memoriam), que era Mestre de capoeira e faixa marrom de judo .

Antônio Carlos Cardozo (Toninho Paixão), irmão mais velho de Henrique Paixão, iniciou sua prática de karate-do em 1979 na academia Ippon, localizada no Centro de Niterói, RJ. A Academia Ippon pertencia a Fernando René Sensei, que por sua vez era aluno de Tadashi Takeushi Sensei, um exímio karate-ka enviado ao Brasil pela Nihon Karate Kyokai (NKK) ou Associação Japonesa de Karate, maior e mais influente escola de karate-do Shotokan do mundo.
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DÉCADA DE 80
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Desde o final da década de 70 José Carlos Celestino Sensei continuou ministrando aulas simultaneamente no bairro Pedreiras e no Colégio Cenecista Maricá. Com a popularização de seu trabalho, fundou a Associação Tigre de Karate e suas turmas tomaram proporções ainda maiores, seguindo a tendência mundial de massificação desta arte marcial, que era sistematicamente divulgada pelo trabalho de expansão realizado por mestres japoneses, pelo cinema e pela televisão, que expressavam esse fenômeno de popularização.
Turma do Colégio Cenecista Maricá - Ao fundo e ao centro, de braços sobrepostos, o ainda faixa laranja Henrique Paixão
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Em virtude dos custos e da distância do trajeto Maricá - Niterói, Antônio Cardozo foi convencido por seu irmão a treinar com José Carlos Celestino Sensei  em Maricá.
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Motivado por problemas pessoais, em 1985, José Carlos Celestino Sensei se mudou para Santos, SP e Henrique Paixão, seu Senpai, ainda faixa marrom, assumiu as suas numerosas turmas de karate-do. .
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Antônio Cardozo, então faixa marrom, formara suas primeiras turmas em Maricá. Junto com seu irmão, em 1986 procuraram no Hospital Central da Aeronáutica (HCA), localizado no bairro Rio Comprido, Rio de Janeiro, Teruo Furusho Sensei, então presidente da Federação de Karate do Estado do Rio de Janeiro (FKERJ) e da Universal Clube de Artes Marciais (UNICAM), entidade filiada a Shotokan Karate Internacional Federation (SKIF), fundada e presidida por Hirokazu Kanazawa Sensei. .
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Em número de praticantes, o auge do karate em Maricá ocorreu no período de 1985 a 1992, quando os irmãos Paixão mantiveram enormes turmas, muitas colhidas do sucesso dos filmes de Bruce Lee e Karate Kid.

Ainda em 1986, Maricá sediou o maior torneio de sua história, o UNICAM I, evento que tomou grande proporção ao reunir nada menos que 800 atletas no ginásio esportivo do Colégio Cenecista Maricá. O atleta que obteve destaque neste evento foi o campista Marcelo Terra, aluno de Tetsuo Mizuno Sensei (Academia Butoku-Kai de Campos), que na final derrotou o maricaense José Marcello Figueira Rodrigues, então Senpai de Henrique Paixão. Um ano após, Antônio Cardozo, aluno de Teruo Furusho, prestou Exame de Faixa e se tornou o 1° faixa preta oriundo da Região dos Lagos.
Antônio Cardozo Sensei e alunos da União Karate Shotokan (UKS) em 1990
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DÉCADA DE 90 

O início da década de 90 foi marcado pela fundação oficial da Associação Maricaense de Karate-Do (AMK) em 04 de junho de 1991. Henrique Paixão Sensei foi eleito presidente e a AMK aglutinou a Associação Tigre de Karate de seu antigo professor. Nesta mesma época também foi fundada a União de Karate Shotokan (UKS) de Antônio Cardozo Sensei, e finalmente Henrique Paixão Sensei prestava seu tardio exame para faixa preta, fazendo jus ao seu pioneirismo como mais antigo praticante da cidade.
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O período de 1990/1991 foi o das maiores conquistas esportivas desta geração. Como destaque, o 4° lugar dentre 64 equipes conquistado na Copa Brasil Interclubes realizada em Três Corações, MG. A equipe maricaense, única do estado do Rio de Janeiro a chegar a fase semi-final, foi composta por José Mauro de Figueiredo (UKS), Sandro de Andrade Castelo Branco (AMK), Hamilton Carreira (AMK), Márcio Fernandes (AMK) e José Roberto Braga (AMK).
Henrique Paixão Sensei (esq.) e alunos em 1991

Em Exame de Graduação Superior realizado em 1992 pela FKERJ e CBK na Fundação Osório, Rio de Janeiro, foram formados os primeiros faixas preta treinados essencialmente em Maricá, sendo eles: Márcio Fernandes (AMK), José Roberto Braga (AMK) e José Mauro de Figueiredo (UKS). Todos foram aprovados com louvor, dentre todos os candidatos (mais de 60 de shodan a sandan), o que lhes proporcionou parabenização por parte do então presidente da FKERJ, Shigeme Kohara Sensei. Compuseram esta Banca Examinadora os Mestres: Sadamu Uriu, Lirton Monassa, Benedito Nelson Augusto dos Santos, Alcyone Machado, Shigeme Kohara, Teruo Furusho e Fernando Gomes da Silva.

Ainda em 1992, o desligamento de Teruo Furusho da FKERJ, motivado por sua perda na eleição para a presidência da CBK, provocou a reaproximação técnica do karate maricaense com Fernando Gomes da Silva Sensei, então secretário Geral da FKERJ e Coordenador do Karate na Região dos Lagos.
Antônio Cardozo Sensei, Teruo Furusho (in memoriam) e alunos em Exame de Faixa
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DÉCADA DE 2000
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No ano 2000, Ricardo Queiroz, um ex-aluno faixa laranja de Antônio Cardozo Sensei, tornou-se prefeito da cidade.

Neste mesmo ano, Henrique Paixão Sensei, agora advogado, se candidatou pela segunda vez ao cargo legislativo de vereador da cidade de Maricá. Não tendo alcançado a vaga titular de vereador, foi convidado para assumir a Superintendência de Esportes, o que seria uma grande oportunidade de implantar um antigo sonho da AMK: Levar a prática do karate-do ao seio das escolas públicas da cidade. Vários projetos foram apresentados e a prefeitura preteriu o karate-do em preferência ao judo. Como o acesso às políticas esportivo-educacionais não se ofereceram ao karate-do em função desse infortúnio, um dos alunos de Antônio Cardozo Sensei decidiu deixá-lo e foi prestar exame para a faixa preta 2° dan, em Olaria, RJ, onde foi reprovado por deficiência técnica. Este fato o motivou a se desligar da então federação oficial (FKERJ) e a buscar abrigo em uma entidade paralela de dissidentes políticos pouco tempo depois.
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Em 2004, Carlos Henrique Cardoso da Paixão Sensei, agora faixa preta 4° dan pela FKERJ e CBK, conquistou o mandato de vereador em oposição ao governo municipal, condição que custou caro as associações AMK e UKS e todos os seus filiados ligados ao karate reconhecido pelo MEC, COB e COI da cidade, uma vez que atletas da AMK com diversas conquistas nacionais e internacionais foram exclusos das políticas de apoio esportivo da Prefeitura Municipal de Maricá.
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Após um longo período de jejum em competições de expressão, em julho de 2005, em Fortaleza, CE, José Roberto Braga conquistou o Campeonato Brasileiro de Karate (CBK) como um dos técnicos da FKERJ. Neste mesmo Campeonato, Eric Henrique Barbosa Braga, 10 anos, faixa roxa, conquistou uma medalha de bronze para o karate da cidade 12 anos após o Vice-Campeonato Brasileiro de José Mauro Figueiredo (Bahia/1994).
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Depois de dez anos na faixa preta 2° dan, José Roberto Braga foi convocado por seu Sensei a prestar o Exame de Graduação Superior realizado pela FKERJ no SESC Madureira, RJ, em 11/dez/2005. A Banca Examinadora foi composta pelos Mestres Celso Rodrigues, Geraldo Ferreira da Silva, Fernando Gomes da Silva, Amaury Alves Pereira e Eraldo Luiz da Silva Soares. Dentre os trinta candidatos de todo o estado do Rio de Janeiro que se apresentaram, de shodan a yondan, José Roberto Braga foi aprovado para a faixa preta 3° dan.
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A partir de 2005, pela AMK de Henrique Paixão Sensei, os karate-ka Eric Henrique Braga e Larissa Barbosa Braga, filhos e alunos do Prof. José Roberto Braga, conquistaram diversas medalhas internacionais e nacionais, inclusos o ouro Pan-Americano (Chile/2008), o Vice Pan-Americano (El Salvador/2009), o Vice Sul-Americano (Colômbia/2009), o bronze Sul-Americano (Venezuela/2010), o bronze Sul-Americano (Argentina/2008), o Deca Brasileiro e Tetra da Copa Brasil de Larissa Barbosa Braga, e os títulos de Campeão Pan-Americano (Chile/2008), de Campeão Sul-Americano (Argentina/2008) e de Tri Campeão Brasileiro e da Copa do Brasil de Eric Henrique Braga, além da expressiva vitória de Larissa Barbosa Braga sobre a Tri Campeã Brasileira de Kata, aluna do então Técnico da Seleção Brasileira, na final da Copa Brasil de 2008. .
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DIAS ATUAIS

Após doze anos na faixa preta 3° dan, José Roberto Braga foi convocado por seu Sensei a prestar o Exame de Graduação Superior realizado pela FKERJ e CBK na Academia Art Física em Saquarema, RJ, em 16/dez/2017. A Banca Examinadora foi composta pelos Mestres Luiz Carlos Cardoso (presidente da Banca) - presidente da CBK e faixa preta 7º dan, Celso Rodrigues - diretor de Arbitragem da FKERJ e da CBK, árbitro mundial nível "A" WKF e faixa preta 8º dan, Fernando Gomes - vice-presidente da FKERJ e faixa preta 7º dan, Manoel Varella - diretor Administrativo da FKERJ e faixa preta 6º dan, Fernando Silva - árbitro nível "A" CBK e faixa preta 5º dan, Moacir Varella (observador) - diretor Técnico da FKERJ e faixa preta 6º dan, Sidi Gobbi (observador) - árbitro CBK e faixa preta 6º dan, Antônio Carlos Cardozo (observador) - membro do STJD/FKERJ, diretor da AMK e faixa preta 5º dan. Dentre os trinta e quatro candidatos de todo o estado do Rio de Janeiro que se apresentaram, de shodan a godan, José Roberto Braga foi aprovado para a faixa preta 4° dan.

Em 24 de março de 2018 a FKERJ e a CBK realizaram na Academia Serrana Fight Club, Petrópolis, RJ, o Exame de Graduação Especial, no qual foram aprovados os alunos da AMK Wagner Quevedo para a faixa preta 1º dan e Márcio de Brito Serafim para a faixa preta 4º dan. Ambos foram avaliados pela Banca Examinadora composta por Luiz Carlos Cardoso - presidente da Banca e da CBK e faixa preta 7º dan, Celso Rodrigues - diretor de Arbitragem da FKERJ e da CBK, árbitro mundial nível "A" WKF e faixa preta 8º dan, Fernando Silva - árbitro nível "B" CBK e faixa preta 5º dan, Josimar Oliveira - árbitro nível "A" FKERJ e faixa preta 5º dan Juarez Santos - presidente da FKERJ e faixa preta 4º dan.

Atualmente, Antônio Cardozo Sensei, faixa preta 6º dan, e Henrique Paixão Sensei, faixa preta 7º dan, além de respeitados advogados, treinam e ministram aulas aos seus alunos mais antigos em seus respectivos dojo.

Parte 2 - Histórico Mundial do Karate-Do
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OKINAWA - JAPÃO - EUROPA - EUA
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Norteado pelos princípios filosóficos:
  • Esforçar-se para a formação do caráter (disciplina);
  • Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão (sinceridade);
  • Criar o intuito de esforço (determinação);
  • Respeitar acima de tudo (respeito e humildade);
  • Conter o espírito de agressão (auto-controle);
O karate-dō, ou “caminho das mãos vazias", é uma arte marcial desenvolvida a partir de métodos autóctones de lutas de Okinawa influenciada pelo intercâmbio com a China meridional desde o século XV. Okinawa é uma ilha pertencente ao arquipélago Ryu Kyu e se localiza ao sul do Japão.
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O karate-dō é uma arte oriental de ataque e defesa que se fundamenta na educação da vontade e em apurado treinamento físico e mental. Enfatiza as técnicas de percussão (atemi waza), que consistem predominantemente em golpes como chutes, socos, joelhadas, cotoveladas, golpes com a palma da mão aberta, bloqueios com as articulações, além de projeções, sempre se utilizando do próprio corpo como instrumento de ataque e defesa. Um praticante de karate-do é denominado karate-ka e tem como meta a perfeita integração entre corpo, mente e espírito a ser alcançado por intermédio de sistemáticos treinamentos. A práxis do karate-do pode ser dividida em três partes principais:
  • Kihon: espécie de ginástica na qual se aprende e aprimora os fundamentos;
  • Kata: padrões de lutas imaginárias contra vários oponentes;
  • Kumite: é a luta propriamente dita. Se subdivide basicamente em ippon kumite (luta combinada), shiai kumite (luta esportiva ou luta com regras), e o jyu kumite (luta livre).
O karate-do moderno data de maio de 1922, quando o Professor primário Gichin Funakoshi introduziu a arte em Tóquio a convite do Ministro da Educação. Um ano antes, Funakoshi realizara uma bem sucedida demonstração para o príncipe herdeiro Hirohito, que passava por Okinawa a caminho da Europa. É creditado a Gichin Funakoshi a criação do estilo Shotokan, que significa "casa de Shoto". Shoto era o pseudônimo que Funakoshi utilizava para assinar as suas caligrafias (Shodo - arte da caligrafia) ao som dos pinheiros (sho) sendo ondulados (to) pelo vento.
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O Shotokan, dentre os principais e mais influentes estilos de karate, é o mais praticado do mundo devido à enorme divulgação que Gichin Funakoshi, Okinawa, fomentou ao levá-lo à capital do Japão, Tóquio.
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Após uma conturbada era por causa da 2ª Guerra Mundial e das mortes por tuberculose de seu filho Yoshitaka "Gigo" Funakoshi e de sua esposa, Gichin Funakoshi atende a liderança de Masatoshi Nakayama, um de seus Senpai, que em 1948 organiza a famosa reunião na Universidade Takushoku (a popular Takudai), com o intuito de padronizar o karate-do Shotokan, que já se propagava por todo o país. O encontro contou com a presença de Gichin Funakoshi e de outros Mestres da época. Um ano após, seria fundada a Nihon Karate Kyokai (Associação Japonesa de Karate).
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Gichin Funakoshi faleceu em 26/04/1957, em Shuri, Japão. A organização de sua cerimônia fúnebre foi disputada por sua associação, a Shotokai, liderada por Shigeru Egami, e a NKK, liderada por Masatoshi Nakayama. A Shotokai venceu a disputa com o apoio da família de Funakoshi e, em represália, a NKK não enviou nenhum representante oficial para a cerimônia. Esta seria a primeira grande divisão do karate-do Shotokan, mesmo contra os ideais de unificação de seu fundador. No período do pós-guerra, somente após o falecimento de Gichin Funakoshi, a NKK organiza em território japonês os primeiros formatos de competição, e devido a seu sucesso, creditou-se ser esta a grande fórmula de propagação da arte através do esporte. Com o propósito de disseminar o karate-do pelo mundo, a NKK destaca Mestres como Nakayama, e seu Senpai Hirokazu Kanazawa, para o continente europeu e Hidetaka Nishiyama e Teruyuki Okazaki, em 1960, para os EUA.
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Em 1961, Nishiyama funda a All America Karate Federation (AAKF), em Los Angeles, EUA.
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Anos mais tarde, com o Karate sedimentado e organizado em diversos países do mundo, sob as lideranças de Jacques Delcourt (França) e de Nakayama, em 1970 é fundada a World Union Karate Organizations (WUKO). Neste mesmo ano é realizado o primeiro Campeonato Mundial de Karate da história, em Tóquio, Japão.
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O KARATE-DO CHEGA AO BRASIL
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Finalmente na década de 50 o karate-do desembarca formalmente no Brasil.
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Demoraria aproximadamente trinta anos para que o karate brasileiro alcançasse a sua autonomia política, pois até então, conforme legislação da época, era regido por um departamento da CBP (pugilismo) que agregava a todos os estilos, linhagens e correntes políticas.
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Ter o karate no programa olímpico é um sonho antigo da comunidade marcial. Como os Sensei japoneses radicados no Brasil representavam diferentes organizações internacionais como WUKO, IAKF, ISKF, NKK e SKIF (representada aqui pela UNICAM desde os anos 80), o consenso para a criação de uma única organização de administração esportiva passou por momentos conflitantes.
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De 1974 a 1984 o Brasil esteve afastado do circuito mundial da WUKO (atual WKF) em função do japonês radicado nos EUA, Sensei Hidetaka Nishiyama, ter perdido a Vice-Presidência da WUKO em 1973, o que lhe motivou a fundar uma outra organização mundial de karate um ano após, a IAKF. Como vários Mestres aqui no Brasil estavam alinhados com Nishiyama, decidiram então filiar-se a IAKF e deixar a WUKO. Somente em 1985, quando o Sensei Enio Vezzuli, Senpai de Taketo Okuda, após conhecer os meandros dessa história durante sua estadia no curso de formação de instrutores da NKK, o Kenshusei, trouxe ao Brasil os representantes da WUKO, que buscava entendimento com a IAKF por intermédio do COI, foi que o Brasil voltou à WUKO e reestreiou em mundiais, precisamente na Austrália em 1986, tendo sido Enio Vezzuli o Técnico e José Carlos Oliveira se sagrado Vice-Campeão Mundial.
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Ainda em 1986, motivado pela preferência do COI em reconhecer em caráter provisório a WUKO, Hidetaka Nishiyama decide refundar a IAKF sob a égide de International Traditional Karate Federation (ITKF). No ano seguinte, em 15/04/87, inesperadamente falece o grande líder do karate mundial, Sensei Masatoshi Nakayama, presidente da NKK desde 1954.
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Finalmente em 11 de setembro de 1987 a Confederação Brasileira de Karate fora fundada, o que não impediu a dupla filiação mundial do Brasil a WUKO e a ITKF. Quando o COI, através dos comitês nacionais (no Brasil, o COB), exigiu a filiação única de seus países membros a WUKO, o então Diretor do Departamento de Karate da CBP, Sensei Yasutaka Tanaka, contrariado com a medida do COB, decidiu fundar outra federação de karate. Como o Presidente do Conselho Nacional de Desportos (CND), Manoel José Gomes Tubino, era seu aluno, ele o pressionou para que o CND reconhecesse uma nova federação estadual de karate, o que era proibido com a legislação da época. Este processo se estendeu para os tribunais, onde o renomado jurista Dr. Paulo Perry conseguiu "provar" a "diferença" entre os dois "karates" através de uma incrível manobra, na qual afirmou que o karate da WUKO era uma modalidade esportiva, enquanto que o karate da IAKF era outra, traçando um paralelo entre o futebol de campo e o futebol de salão. Com isto, em 25/11/1986 nascia a Federação de Karate-Do Tradicional do Estado do Rio de Janeiro em oposição a já existente FKERJ, previamente fundada em 1975. Se utilizando desta jurisprudência, em 1988 a Confederação Brasileira de Karate-Do Tradicional seria fundada.
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Em 1992 a Lei Zico abriu caminho legal para a criação de diversas confederações e ligas de uma mesma modalidade. Em 1998 a Lei Pelé também contribuiria para este processo. Não é difícil perceber que num país com dimensões continentais existissem insatisfações e interesses político-pessoais diversos. Dentre eles, se pode citar:
  • Eleição para a nova diretoria da CBK em 1992. O candidato da situação era o seu Diretor Técnico, Teruo Furusho, e o da oposição era o Presidente da Federação Paulista, Edgar Ferraz. Como o resultado foi empate, uma nova eleição deveria ser realizada, mas o candidato da situação se recusou e preferiu se desligar desta Confederação.
  • O período de 1992 a 1997 fora conturbado para a FKERJ, e culminou na perda da reeleição da família Kohara. Alguns dos derrotados se desligaram e se juntaram ao movimento “interestilos”, preconizado por Teruo Furusho e pelo ex-presidente da federação paulista, Osvaldo Messias. A fim de arrebanhar mais filiados para a nova organização, práticas estranhas são adotadas, vários Sensei foram tentados através de propostas de maior participação política e de facilidades na obtenção de graduações (dan). Muitos foram seduzidos pelas “vantagens”.
WUKO x IAKF / NKK x SKIF
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As competições de karate se tornam um grande sucesso de popularidade mundo afora. Este sucesso seria fatal, pois com o enorme número de praticantes, mais e mais instituições, regulamentos e interesses foram surgindo.
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Hidetaka Nishiyama, na cidade de Nova York, EUA, em novembro de 1974, após perder a vice-presidência da WUKO, funda a International Amateur Karate Federation (IAKF), que agregaria principalmente o estilo Shotokan da NKK. A IAKF, como organização mundial paralela a já existente WUKO, foi um desserviço a expansão do Karate-Do pelo mundo conforme Nakayama imaginara, pois sua aproximação junto ao COI fora prejudicada com esta divisão da então unificada WUKO.
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Esta, se não a maior, foi a segunda grande divisão do Karate no mundo: WUKO (Nipo-européia) x IAKF (Nipo-americana).
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O Judo tornou-se olímpico sem maiores traumas a partir dos Jogos de Tóquio em 1964 devido aos unificados esforços de Jigoro Kano.
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Até 1977 Hirokazu Kanazawa era o Chefe do Departamento de Instrução Internacional da NKK, e era de sua responsabilidade a manutenção da união entre todos os Mestres que difundiam o Karate-Do pelo mundo. Durante um Torneio de Confraternização houve um desentendimento de ordem pessoal entre os Sensei Shirai, Enoeda e Asano. Como o Sensei Kanazawa não conseguiu consertar o ocorrido, conforme sua delegada função, Sensei Nakayama resolveu expulsá-lo (jomei) da NKK. Um ano após o ocorrido, Kanazawa fundaria a Shotokan Karate Internacional (SKIF), seguindo assim o seu caminho através da criação de uma nova escola de karate.
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Especialmente nos anos 80, a SKIF teria forte influência no karate brasileiro através da UNICAM, organização de Teruo Furusho com filosofia "inter-artes marciais", visto que Teruo Furusho era Diretor Técnico da FKERJ e da CBK. As escolas NKK e SKIF, essencialmente japonesas, devido às suas influências técnicas e políticas, gozam de status de entidade mundial, o que ocorre até hoje através da promoção de seus próprios campeonatos mundiais a despeito da entidade criada previamente para este devido fim, ocasionando numa certa confusão sobre os múltiplos campeões mundiais que isto produz e na nebulosidade a que são submetidos os almejados patrocinadores e imprensa. Esta foi a terceira grande divisão do Karate Shotokan.
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O KARATE-DO E O COI
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Devido a popularidade global do Karate como arte marcial e esporte, a formação de uma única federação internacional tornava-se necessária. Como os critérios para um esporte entrar no programa olímpico sempre mudam, as organizações caminham na mesma direção para adaptar-se e atender as demandas da "Carta Olímpica".
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Após a fundação da WUKO, em 1970, vários esforços foram feitos para incluir o Karate nos Jogos Olímpicos – o maior símbolo das realizações do homem no campo desportivo. No dia 06 de junho de 1985, a WUKO foi oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 1993, na Argélia, para adaptar-se às regras do Comitê Olímpico Internacional, foi exigida a união da ITKF e da WUKO, nascia a WKF, fato este que traria um desenvolvimento direcionado à promoção do Karate mundial. A ITKF continuou independente por divergências no regulamento (pela 1ª vez grandes mudanças) e por discordar da participação política que lhe seria designada.
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No dia 18 de março de 1999 o COI ,em sua 109º sessão, Seul, Coréia do Sul, deu ao Karate seu certificado, confirmando o reconhecimento em caráter definitivo da WKF, de acordo com o artigo 29 da "Carta Olímpica", como a federação mundial dirigente da modalidade Karate.
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Além da intenção de incluir o Karate nos Jogos Olímpicos, o objetivo da WKF é de unificar todas as organizações que pratiquem Karate como esporte ou como uma arte marcial tradicional, além de lutar também para promover ligações dentro de um espírito de amizade entre os karateka do mundo. A WKF, que tem 175 países filiados, através das suas federações nacionais reconhecidas pelos respectivos governos e/ou Comitês Olímpicos, representa o Karate mundial, coordena todas as atividades de Karate ao redor do mundo, estabelece regras técnicas e operacionais, organiza e controla reuniões internacionais e toma as decisões sobre vários assuntos que possam surgir entre os membros. É através das federações continentais, vinculadas a WKF, que o Karate participa dos Jogos Continentais Olímpicos, entre eles os Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos.
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LEI ZICO E LEI PELÉ
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Graças às fragmentadoras Leis Zico e Pelé, pensadas e criadas essencialmente para os casuísmos do futebol, atualmente o Ministério dos Esportes do Brasil reconhece diversas confederações de karate, sendo que a única autorizada a representar o país oficialmente é a CBK, a mais antiga e representativa, pois detém o maior n° de filiados e é vinculada ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
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As maiores conseqüências deste fato foram o enfraquecimento das organizações, uma vez que dividem os parcos recursos governamentais destinados à área, além de confundir os patrocinadores e imprensa, e ocasionar em competições de nível duvidoso nas organizações menores, fato que ocorre não tão somente nas regiões metropolitanas, mas principalmente no interior do país onde a desinformação é grande em virtude das dimensões continentais do país, do diverso nível cultural e da esperteza que alimenta a ganância, a vaidade, o orgulho pessoal e até projetos político-eleitorais.

A 129ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizada em 04/ago/2016 na cidade do Rio de Janeiro, RJ, incluiu o karate nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, fato comemorada efusivamente pela comunidade karate mundial.

Por consequência do movimento Olímpico, o karate também foi incluso no programa dos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018.
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Parte 3 - Cronologia do Karate-Do Shotokan
Parte 4 - Linhagem do Karate-Do Maricaense
1° - GICHIN FUNAKOSHI - 10/nov/1868 - 26/abr/1957 (Okinawa, Japão)

2° - MASATOSHI NAKAYAMA - 13/abr/1913 - 15/abr/1987 (Tóquio, Japão)

3° - JUICHI SAGARA - 16/fev/1934 - 06/dez/2001 (NKK/Brasil)
3º - TADASHI TAKEUCHI - **/***/**** - 16/nov/2007 (NKK/Brasil) (influências)
3º - HIROKAZU KANAZAWA - 03/mai/1931 - 08/dez/2019 (SKIF/Japão) influências
4° - BENEDITO NELSON - 06/ago/1942 - 01/ago/2013 (1° faixa preta brasileiro - HIEN KAN)
 4° -  FERNANDO RENÉ (IPON) (influências)

5º - TERUO FURUSHO - 18/mar/1942 - 03/ago/2008 (HIEN KAN - UNICAM)
5° - FERNANDO GOMES DA SILVA (HIEN KAN - FLUMINENSE) (influências)

6° - JOSÉ CARLOS CELESTINO (FLUMINENSE) / HENRIQUE PAIXÃO (AMK - FLUMINENSE - IPON - UNICAM) / ANTÔNIO CARDOZO (IPON - AMK - UNICAM - UKS)
7° - JOSÉ ROBERTO BRAGA (AMK) / MÁRCIO FERNANDES (AMK) / JOSÉ MAURO DE FIGUEIREDO (UKS)
8° - GELSON ANTUNES (AMK) / MÁRCIO SERAFIM (AMK) / SANDRO CASTELO BRANCO (AMK) / CLÁUDIO CARVALHO - in memoriam - (AMK/PA)
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